Estava eu muito entretida a ler um blog, quando deparei com o autor inglês de dito blog a referir que "malarky" era uma palavra interessantíssima, a qual não tinha tradução em outras línguas, logo sentia muita pena por todos nós (pessoas de língua não anglo-saxônica)...
E tenho a dizer que se de palavras extraordinárias se trata, continua a não haver palavra mais bela que a palavra "Saudade"... Tentei encontrar uma definição de Saudade que li há alguns anos atrás feita por um escritor francês mas foi-me impossível, assim que procurei outras bibliografias e fiz um google it - claro, infelizmente - e deparei-me com um acontecimento ainda mais interessante.
São os autores de outras línguas que se esforçam mais por dar uma definição exacta de Saudade, por exemplo: "The famous saudade of the Portuguese is a vague and constant desire for something that does not and probably cannot exist, for something other than the present, a turning towards the past or towards the future; not an active discontent or poignant sadness but an indolent dreaming wistfulness." (Bell, A.F. (1912)... e é que são os outros os que tentam definir Saudade num parágrafo, o português simplesmente sente Saudade. Que o digam Pessoa ou Teixeira de Pascoaes, que embora analisaram e meditaram extensivamente sobre Saudade, não a tentaram capturar numa única frase, já que é impossível!
Nós podemos tentar explicar a outrem o que é saudade, esse sentimento doce-amargo de nostalgia por algo ou alguém que foi, mas que já não o é mais, e que poderá quase de certeza não voltar a ser... mas na realidade, Saudade só se percebe quando se sente... acho, não, acredito que o Saudosismo é um dos elementos mais belos da cultura portuguesa. Sinto orgulho nisso embora, esta cultura, não seja 100% minha.
Assim que vamos ler Pessoa ou Pascoaes ou qualquer outro autor no português que nos fale de Saudade! Obviamente, só por brevíssimos períodos de tempo... como se sabe, a Saudade não é uma emoção leve!
E tenho a dizer que se de palavras extraordinárias se trata, continua a não haver palavra mais bela que a palavra "Saudade"... Tentei encontrar uma definição de Saudade que li há alguns anos atrás feita por um escritor francês mas foi-me impossível, assim que procurei outras bibliografias e fiz um google it - claro, infelizmente - e deparei-me com um acontecimento ainda mais interessante.
São os autores de outras línguas que se esforçam mais por dar uma definição exacta de Saudade, por exemplo: "The famous saudade of the Portuguese is a vague and constant desire for something that does not and probably cannot exist, for something other than the present, a turning towards the past or towards the future; not an active discontent or poignant sadness but an indolent dreaming wistfulness." (Bell, A.F. (1912)... e é que são os outros os que tentam definir Saudade num parágrafo, o português simplesmente sente Saudade. Que o digam Pessoa ou Teixeira de Pascoaes, que embora analisaram e meditaram extensivamente sobre Saudade, não a tentaram capturar numa única frase, já que é impossível!
Nós podemos tentar explicar a outrem o que é saudade, esse sentimento doce-amargo de nostalgia por algo ou alguém que foi, mas que já não o é mais, e que poderá quase de certeza não voltar a ser... mas na realidade, Saudade só se percebe quando se sente... acho, não, acredito que o Saudosismo é um dos elementos mais belos da cultura portuguesa. Sinto orgulho nisso embora, esta cultura, não seja 100% minha.
Assim que vamos ler Pessoa ou Pascoaes ou qualquer outro autor no português que nos fale de Saudade! Obviamente, só por brevíssimos períodos de tempo... como se sabe, a Saudade não é uma emoção leve!
E Marânus, olhando a clara névoa,
Sonho doce do mar, ali pousado,
Meditava: aonde vai o sonho humano,
Quando de nós se afasta, já sonhado?
E ficamos mais tristes e sozinhos,
A cada sonho que findou, no mundo.
E, a cada etérea nuvem que se forma,
Torna-se mais salgado o mar profundo.
(Pascoaes, 1920, p.219)
Sonho doce do mar, ali pousado,
Meditava: aonde vai o sonho humano,
Quando de nós se afasta, já sonhado?
E ficamos mais tristes e sozinhos,
A cada sonho que findou, no mundo.
E, a cada etérea nuvem que se forma,
Torna-se mais salgado o mar profundo.
(Pascoaes, 1920, p.219)
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